15 de dez. de 2021

Poesia de João Dias - Ode do Sertanejo e Sua O Linda


 Ode do Sertanejo e Sua O Linda, 23/11/2015


O talismã que trouxe-me a sorte de você na garupa do meu corcel

A viola do trovador ali na porteira parece uma anunciação do céu

Os portões batem e a ventania da trovoada que vem aqui chover

A carreata de todo passaredo em revoada viajando inté amanhecer


Vamos embora pelo caminho das rabecas no itinerário pra beira-mar

Pra Marins dos Caetés nas ladeiras os Mateus e folguedos a dançar

O velho cordelista no Alto da Sé fica abestalhado sem mesmo crer

A giganteza da paisagem divinamente criada só pra mim e você


As brumas e espumas do quebra-mar resplandecem os raios do sol

E o oceano escuro da noite guardando o tesouro lunar brilhando só

As estrelas e a areia da praia, tapeçaria rebrilhando fogos de artifício

Armorial beleza esculpida na preta íris tua, delicioso precipício


Na fulgurante visão da maré e suas ondas que subitamente nos engolem

Louvado Deus Criador desse mundo que até dos poetas as vozes fogem

Como explicar essa gigantesca pérola valiosa que é nosso planeta Terra?

Tão infinito quanto o nosso beijo que a essa nossa ode louca encerra



Poesia de João Dias, morador de Rio Doce, Olinda - PE

imagem: https://jc.ne10.uol.com.br/colunas/turismo-de-valor/2020/10/11981923-olinda-agora-conta-com-letreiro-turistico-para-fotos-no-alto-da-se.html

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