27 de nov. de 2020

Poesia de Adriana Barbosa - Minhas mãos



 MINHAS MÃOS


Olhei para elas e percebi
Que o tempo voou!
Que ficaram as marcas e cicatrizes
De tudo o que vivi
E em mim ficou.

Vi as linhas fortes
Que descrevem enfim:
Alegrias, pensamentos
Ilusão, realidade
E até você em mim.

Vi as rugas que me descrevem
Tristezas também por mim
De momentos vividos
Que não queria viver
E do que não realizei.

Mas vejo também e sinto
Ainda vibrar, com o seu toque:
Emoções que não se apagam
E permanecem sempre em mim
Lembranças, deslizadas em teu corpo.

Quando as olho hoje
Enrugadas, marcadas
Mas, não espedaçadas
De tudo que neste mundo
Aqui vivi.

Adriana Barbosa
(Direitos autorais reservados)
Membro Efetivo da SPVO, UBT Recife e Acadêmica ACILBRAS.
Foto: Victor Hugo 

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