12 de out. de 2020

Poesia de Adriana Barbosa - A pipa

Fonte - a autora

 A PIPA


Voava no céu como nuvem de algodão
Suavemente em seus movimentos 
Num colorido exuberante,
Que a transformou em objeto de desejo
De uma garotada que se fascina
Se entusiasma e se anima
Toda vez que a vê no céu.

Com aquela sensação de liberdade
Sem nada prendendo
Ou tão pouco amarrando.
A não ser por sua linha
Que alinha seu movimento
E alinhava o melhor desenho
Que toda criança se encanta.

E nesse bailar nas alturas
Chama atenção de um montão...
Crianças correm, atropelam 
E se deixam atropelar por esta.
A bela com sua beleza
De cor exuberante, a pipa.
Pendurado, está a rabada
Que de criatividade anuncia
Seu artista favorito.

Mas, que de repente se rompe
E se consome a alegria
Daquele bailado de forma geométrica
Pura cinética, física!
Que ao se partir leva consigo
Como sonho levado ao vento, se enroscando em tudo
Cortada pelo cerol, perigo pro motoqueiro
Mas, para o garimpeiro, traz esperança de obter
A Alegria do outro e, se fixa em qualquer lugar.

O perigo é visível:
Correm, puxam, insistem
Até que a energia cessa!
Daquele voou rasante na queda
E sem energia ela fica, caída ao Chão depois da puxada...
Provocando o apagão, de todo um quarteirão
Deixando-nos na mão!

Adriana Barbosa
( Direitos autorais reservados)
Membro Efetivo da SPVO, UBT Recife e ACILBRAS.

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