6 de nov. de 2016

Poesia de João Diogo - Tempo frio, com catanhas


“TEMPO FRIO, COM CASTANHAS”

Ao que me parece
Está frio!
Retalhado
Em infinitas faces...
Como senão bastasse
Lembra-me o Estio;
Quando o calor aperta,
Em todas as suas fases.
Sejais vós,
Deliciosas castanhas!
O meu leme na madrugada fria!
Alvorecendo meu ser
Na desfolhada da memória...
E do meu corpo!
Nessa orvalhada gentia,
Que junto à lareira escutava,
Uma linda e quente história.
“Como se o Favo de mel,
Que em minha boca esboça,
Qual polpa carnuda,
Que a castanha adoça!”
Enregelasse meu corpo,
Ante um clima friorento e arrepiante!
Que a estação premeia;
Como castanhas
E o frio que as rodeia...
Minimizando o cenário frígido!
Ante uma tradição,
Altamente, deslumbrante...!

Recife, 05 de Novembro de 2016
João Diogo

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