3 de jan. de 2013

Poesia de Carlos Gaiza - Homem reserva de mercado

Homem reserva de mercado 
 
carlos gaiza

No ramo da ilusão,
essa história de salário mínimo
sem nem uma discrepância,
é taxado em porcentagem
que desanima a esperança.

Reduzindo o Estado
a uma posição de miséria
na política do juro,
quando não há interação
engessada que nem muro.

Não há controle que preste,
mesmo que baixe os juros,
visto que é consequência
que detona a inflação
de uma monetária ciência.

O dollar como moeda de troca,
sem melhoria da relação
de importância suprema,
visto que é um fator que traz,
assim dessa maneira
o câmbio não funciona mais.

Ninguém pode com a especulação,
que não aparece capital pra investir,
que vem de lá de fora,
sem esperança todos se vão
com medo de perder a hora.

Não há garantia de funcionamento
na economia de mercado,
que não flutua sem nada
como quem pede o góia
sem eira nem beira,
muito menos sem boia.

Tudo é muito ariscado,
que não consegue crescer,
quando resolve dois
deixa três pra resolver.

A burocracia controla tudo
com sua mão invisível,
todos trabalham para ela
sem ameaça pra derrubar,
que está cheia de sequela.

Mesmo que haja insurreição
não há nada a fazer,
diante da lista fechada,
que faz tanto sucesso
numa democracia estragada.

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