Minhas águas eram limpas
Já fui até caudaloso
O meu leito era formado
Por um terreno arenoso
Matei a fome dos pobres
Com os peixes que criei
E com minhas águas puras
A sede de outros matei
Com a chegada do progresso
O homem foi me apertando
Aterrando minhas margens
Pouco a pouco me matando
A um simples riachinho
Sinto-me hoje resumido
Ninguém ouve minha queixa
Ninguém ouve meu gemido
Sofro ao ver minhas águas,
Aos poucos, se evaporando.
Que os homens me preservem
Estou aqui suplicando.
Madalena Castro
Já fui até caudaloso
O meu leito era formado
Por um terreno arenoso
Matei a fome dos pobres
Com os peixes que criei
E com minhas águas puras
A sede de outros matei
Com a chegada do progresso
O homem foi me apertando
Aterrando minhas margens
Pouco a pouco me matando
A um simples riachinho
Sinto-me hoje resumido
Ninguém ouve minha queixa
Ninguém ouve meu gemido
Sofro ao ver minhas águas,
Aos poucos, se evaporando.
Que os homens me preservem
Estou aqui suplicando.
Madalena Castro
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