18 de abr. de 2010

Poesia de Liana TIMM 2010


ALÉM


sondar clandestino

do eco na parede

minha voz

golpeia o ar prévio

pousar de passarinho

o vento alastra fogo

sobre o bolo na mesa

vaso seco magnólia

declínio na cova dos meus hemisférios


rosas abismados

preenchem o contorno

esfumado estás

nem um menos a mais

ladainha seca e vã

afogada no limo crescente

da espera

LIANA TIMM 2010

(poeta correspondente)



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