Aquática
Navega-me,
que me faço mar.
Não para me singrares de velas enfunadas.
Teu deslizar há de fazer marolas
que hás de alisar docemente.
Eu crescerei em vagas impetuosas
e te farei soçobrar.
Mergulharás em mim e eu, maremoto.
Até que,
juntos,
na praia morna,
em branca espuma
morreremos.
que me faço mar.
Não para me singrares de velas enfunadas.
Teu deslizar há de fazer marolas
que hás de alisar docemente.
Eu crescerei em vagas impetuosas
e te farei soçobrar.
Mergulharás em mim e eu, maremoto.
Até que,
juntos,
na praia morna,
em branca espuma
morreremos.
Gerusa Leal
Publicado na coletânea Pimenta Rosa, Edições Bagaço (ed. autoras) 2006 – coletânea de textos eróticos escritos por autoras pernambucanas.
2 comentários:
Kanami sang imo blog. Daw spaghetti.
Inomináveis Saudações.
Uma toda sensual acolhida de sensações neste poema de Gerusa Leal, sintetizando no minimalismo a doce gota das águas do contato dos corpos em ondas de magníficas tensões e densidades...
Corpos em navegação...
Corpos em nados altivos...
Corpos em nados ativos...
Desejos, despertares, alcance do êxtase na imensa coloração das ondas do sensualismo maior...
Saudações Inomináveis.
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