26 de mai. de 2013

Poesia de Carlos Gaiza - Depois de um século

Depois de um século
          
         Carlos gaiza

Olhando a crueza e a normalidade da vida,
se ver o corpo que nasce,
se alimenta;
assim, da mesma forma,
consome muitas outras vidas,
uma máquina sem parar;
não pode parar.
Onde a estrutura vai se modificando,
depois procria,
repassa o conhecimento,
envelhece e em seguida morre.
Assim como um leão velho
na planície africana,
que será degustado pelos tataranetos
das suas vítimas.
E será consumido por outras vidas, os vermes.
Depois de um século,
ninguém se lembrará mais de nada.
Acho que somente no “feicibuqi,”
no dia do seu aniversário.
E só.

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