8 de set. de 2012

Poesia de Clóvis Campêlo - Melancolia


MELANCOLIA


Clóvis Campêlo

Já não existem mansardas,
apenas o vulto de um alto
edifício
a olhar a cidade que cresce
vertical.
Vertiginoso, aos seus pés,
um rio persegue caudaloso
o tempo incessante.
Uma tristeza feita de pedras
me invade.
Solidifico-me e concebo
mais um poema
ausente de equilíbrio,
repleto de sangue
e signos.

Recife, 1991

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