18 de ago. de 2012

Poesia de Carlos Gaiza

GERTRUDES

A égua tão quietinha,
de patas traseiras bem juntinhas.
O casco entre a mulher de costas
na altura dos joelhos
a fincar uma linda ferradura.
Dizia a menininha, ―muito bem Gertrudes.
Em agradecer sua postura tão passiva
E alisar às narinas daquela besta,
Depois dessa chatice, e tudo pronto
Me levaram caminhando lentamente
A olhar o modo do meu andar.
Chegando na cerca, abriram a porteira,
Entraram mais um pouco,
Abraçaram meu pescoço com tanto carinho
E falaram na minha orelha coisas que não entendo,
Mas sei que eram muito boas,
pois me alisavam com ternura.
Retiraram meu cabresto,
Disseram que eu podia ir.
Soltei uma baforada, depois soltei mais outras,
Balancei minha linda crina,
Impulsionei meu dorso,
Dei meia volta e galopei em direção
Ao lindo e imenso campo,
Só pra mim.
Pulei de alegria;
Rinchei de felicidade;
E corri, corri, corri.
Enquanto eles levantavam suas mãos
de satisfação para mim.
E tudo era como eu queria
Muito verde e muita alegria
Rinririnrinrim!
Carlos Gaiza


2 comentários:

CRIARTICULANDO disse...

Parabéns pelo Blog...tomei conhecimento dele através do Sr. Valmir Viana, que tive o prazer de conhecer numa biblioteca comunitária aqui em Rio Doce Olinda!

meu blog

www.criarticulando.blogspot.com.br

Abraços

Guttemberg Victor(GUTO)

CRIARTICULANDO disse...

Parabéns pelo Blog...tomei conhecimento dele através do Sr. Valmir Viana, que tive o prazer de conhecer numa biblioteca comunitária aqui em Rio Doce Olinda!

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Abraços

Guttemberg Victor(GUTO)