15 de jul. de 2008

Poema de Gerusa Leal


Aquática
Navega-me,

que me faço mar.
Não para me singrares de velas enfunadas.
Teu deslizar há de fazer marolas
que hás de alisar docemente.
Eu crescerei em vagas impetuosas
e te farei soçobrar.
Mergulharás em mim e eu, maremoto.
Até que,
juntos,
na praia morna,
em branca espuma

morreremos.

Gerusa Leal


Publicado na coletânea Pimenta Rosa, Edições Bagaço (ed. autoras) 2006 – coletânea de textos eróticos escritos por autoras pernambucanas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Kanami sang imo blog. Daw spaghetti.

Unknown disse...

Inomináveis Saudações.

Uma toda sensual acolhida de sensações neste poema de Gerusa Leal, sintetizando no minimalismo a doce gota das águas do contato dos corpos em ondas de magníficas tensões e densidades...

Corpos em navegação...

Corpos em nados altivos...

Corpos em nados ativos...

Desejos, despertares, alcance do êxtase na imensa coloração das ondas do sensualismo maior...

Saudações Inomináveis.